Devia ser 2011 ou 2012, não sei ao certo. Estava assistindo a um programa (que nem passa mais na televisão brasileira, embora ainda seja transmitido nos EUA) – “That Metal Show” – quando ouvi pela primeira vez o som do Motörhead. Tocavam “Ace of spades” para anunciar o entrevistado que, com quarenta anos de carreira, ainda vivia como nos anos setenta, bebendo como um louco e fazendo a música mais alta e ensurdecedora que podia. Chamou tanto a minha atenção que eu, que aprendia percussão àquela época, mudei imediatamente para a bateria para tentar emular aquela barulhada toda.
Eu ouvi seus discos freneticamente. Comprei livros e vi vários documentários. Arrependi-me de não ter comprado o ingresso para um show que a banda faria em São Paulo, mas eles também não apareceram para tocar, em virtude de sua saúde há muito tempo fragilizada. Mataram-no várias vezes, porém diziam que ele era imortal. Bem, não era verdade. Acabo de ler que ele se foi e, sem ele, não há mais Motörhead.
Descanse em paz, Lemmy Kilmister. Beberei um copo de Jack Daniel’s em sua homenagem.